Os servidores públicos federais fazem, a partir desta segunda-feira (1/8), uma série de protestos em Brasília pela previsão de reajuste salarial no orçamento do próximo ano, em defesa da democracia e para barrar a aprovação de mais ataques aos direitos dos trabalhadores, em particular dos servidores, no retorno do recesso parlamentar. Além de negar qualquer reajuste à categoria, mantendo os salários congelados durante todo o seu mandado, Jair Bolsonaro quer aprovar agora em agosto no Congresso Nacional propostas de retirada de mais direitos.
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Entre elas estão a votação do substitutivo à Medida Provisória 1113 que cria uma série de dificuldades visando suspender direitos previdenciários, como licenças por invalidez; terceirizando avaliações feitas pelo serviço social do INSS, com o mesmo objetivo, visando também ampliar o desmonte da Previdência Social, entre outros ataques. Com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o governo voltou a ventilar, ainda, a possibilidade de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 32.
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A PEC 32, chamada de reforma administrativa, na verdade, dá início ao fim do serviço público prestado à população, através da privatização, seja pela terceirização indiscriminada, pela previsão de contratações através de seleção simplificada e de pessoas jurídicas (PJ), acabando na prática com a obrigatoriedade do concurso público, significando, a médio prazo, a extinção do Regime Jurídico Único (RJU).

Mobilizações

As manifestações terão início na segunda-feira, com protestos de ‘recepção’ aos deputados e senadores no Aeroporto de Brasília, às 17 horas. Para terça-feira está prevista a continuidade da mobilização no aeroporto, porém, mais cedo, a partir das 7 horas. Haverá também um ato, às 10 horas, no Auditório 7 do Senado Federal, em defesa das eleições e contra a violência política; às 14 horas, terá início uma passeata a partir do Espaço do Servidor até o Ministério da Economia.

Já na quarta-feira será realizado ato em defesa do serviço público e da democracia, às 10 horas, no Congresso Nacional. E, às 14 horas, novo ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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