Mesmo tendo sido apontada pelo ex-ministro Eduardo Pazuello como a criadora do programa TrateCov, do Ministério da Saúde, que orientava o tratamento ‘precoce’ com cloroquina e ivermectina, a secretária de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, negou, nesta terça-feira (25/5) à CPI do Genocídio, que o ministério tivesse em algum momento orientado o uso desses medicamentos por contaminados pela doença. O “tratamento precoce”, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, não tem eficácia contra a covid e a sua utilização foi orientada pelo governo para encobrir a necessidade do isolamento social e a contratação de vacinas.
Mayra é conhecida como “capitã cloroquina”, em razão das manifestações que fez a favor do medicamento.
“O Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos para a covid.
O Ministério da Saúde criou um documento juridicamente perfeito, que é a nota orientativa número 9, que depois virou a nota 17, onde estabelecemos doses seguras, onde os médicos pudessem utilizar medicamentos, com o consentimento de pacientes, de acordo com o seu livre arbítrio”, afirmou a secretária. Ou seja, disse que o ministério nunca determinou o uso de cloroquina, mas sim estabeleceu uma orientação sobre “doses seguras”.