Com manifestação prevista para a próxima segunda-feira (8/2), às 10h, em frente à Central do Brasil, o grupo ‘Noz na Luta’ protesta contra a intenção da Agência Reguladora de Transportes do Estado (Agetransp) de reajustar para R$ 5,90 a tarifa dos trens urbanos da Região Metropolitana do Rio. Inicialmente previsto para entrar em vigor no dia 2 de fevereiro, o aumento foi adiado por 20 dias, a pedido do governo do Estado. Durante a manifestação da próxima segunda, passageiros e usuários de trens urbanos vão distribuir um manifesto para convocar a população a se mobilizar contra o aumento.

Atualmente, a tarifa dos trens urbanos operados pela concessionária SuperVia é de R$ 4,70. O aumento proposto pela Agetransp, a pedido da SuperVia, é de 25%. O índice é mais de 5 vezes superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 5,45%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) calculado pelo IBGE. Além de ser quase 5 vezes superior à inflação oficial o reajuste proposto não leva em conta o fato de que a maioria dos trabalhadores brasileiros — os verdadeiros usuários dos trens urbanos — não teve nenhum reajuste salarial.

Apoiada pelo Sindsprev/RJ e pela ASSIBGE (Núcleo Canabarro), a manifestação terá as seguintes reivindicações: não ao aumento das passagens nos trens, metrô, ônibus e barcas; congelamento no valor das passagens; gratuidade imediata aos desempregados; retorno imediato do auxílio-emergencial; e implementação de um programa nacional de obras públicas em moradias, creches, saneamento, restaurantes populares, escolas e unidades de saúde.

Na tentativa de “justificar” sua inaceitável proposta de aumento da tarifa, a SuperVia alega supostas “perdas financeiras de R$ 315 milhões”, devido à pandemia do novo coronavírus. O problema é que, a exemplo das empresas de ônibus e barcas, a SuperVia nunca aceitou que o poder concedente (Estado) realizasse uma auditoria independente em suas contas, de forma a confirmar (ou não) a veracidade de suas alegações.
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A contabilidade da SuperVia é, na verdade, um cofre fechado a qualquer fiscalização independente.
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Agora, sem nenhuma comprovação de suas alegações, a empresa apresenta uma indecente proposta de reajustar suas tarifas em 25%.
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Todo apoio à luta contra os aumentos de tarifas dos transportes públicos.