Em função da segunda onda de disseminação e contaminação da covid-19, que já é uma realidade, o Sindsprev/RJ reforça o apelo para que todas as pessoas observem, respeitem e pratiquem as medidas de prevenção da doença, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização com álcool em gel.
No caso dos profissionais de saúde, o rigor tem de ser ainda maior, por atuarem na linha de frente do combate à doença e, portanto, estarem mais sujeitos à contaminação.
Todo profissional de saúde tem o direito de se recusar a exercer suas funções se os gestores (federais, estaduais ou municipais) ou empresas privadas não oferecerem as adequadas condições sanitárias de segurança, o que começa pelo fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e demais insumos e itens, como luvas, aventais e produtos para sanitização/esterilização.
O Sindsprev/RJ pede a todos os profissionais que estiverem sendo pressionados a trabalhar sob condições inadequadas que denunciem as precariedades.
Importante: em todas as denúncias, o Sindsprev/RJ assegura o anonimato, como forma de preservar os servidores contra retaliações vindas de gestores nas unidades de saúde.
O e-mail para encaminhamento das denúncias é: denuncias@sindsprevrj.org.br
O fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigação de gestores e empresas, e o cuidado deve se estender a todos os profissionais lotados nas unidades de saúde. Na enfermagem, por exemplo, o artigo 10º do código de ética prevê que o profissional pode se recusar a trabalhar em condições que ameacem sua saúde.
Média móvel de mortes de covid no estado do RJ sobe 153%
A média móvel de mortes por covid-19 no estado do Rio passou a ser de 97 mortes e 1.598 casos. Em comparação com duas semanas atrás, houve um aumento de 112% na média móvel de casos e de 153% na de mortes, o que indica o aumento no contágio da doença. A análise dos dados foi feita a partir de levantamento do consórcio de imprensa formado por O Globo, “Extra”, G1, “Folha de S.Paulo”, UOL e “O Estado de S. Paulo”, que reúne informações das secretarias estaduais de saúde.
Na rede municipal do Rio, de acordo com o último boletim divulgado pela prefeitura, existem 263 pacientes internados nos 271 leitos de UTI disponibilizados pelo município exclusivamente para casos de covid-19. Isto significa uma taxa de 97%.
Segundo acompanhamento feito pela ONG Redes da Maré a partir dos dados do Painel Rio Covid-19, após leve queda na média de infectados, o Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, viu o número de doentes crescer, em outubro, o que é mais um indicador de aumento de contágio na região metropolitana. ”Com as declarações oficiais de flexibilização, as poucas medidas que vinham sendo incorporadas pelos moradores foram sendo abandonadas”, diz Eliana Sousa Silva, diretora da ONG.
Com mais de 6 milhões de casos confirmados, a covid já matou 169.197 pessoas no Brasil, onde a maioria dos estados voltou a ter curva ascendente na disseminação da doença.
“Infelizmente, a maioria das pessoas, no Brasil, relaxou na observância das medidas de prevenção à covid, como praticar o distanciamento social, fazer a higienização com álcool em gel e usar máscaras. A isto soma-se o fato de que governos e prefeituras se precipitaram, ao flexibilizarem algumas medidas de prevenção e liberarem o acesso a praias e bares. O resultado é a segunda onda da doença, que já traz drásticas consequências para todos”, afirmou Ivone Suppo, da direção do Sindsprev/RJ na Regional Niterói do sindicato.