A avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, ficou tomada por manifestantes. Havia muita gente. Eles ocuparam todas as atuais três faixas para carros, mais a linha dos bondes modernos (VLT) e, em vários momentos, as calçadas dos dois lados da via. Voltaram às ruas as bandeiras que defendem a educação pública e o direito à aposentadoria, ambas ameaçadas pelas políticas de cortes, reformas e privatizações que o governo Jair Bolsonaro tenta pôr em curso.
Servidoras e servidores da Seguridade e do Seguro Social compareceram ao ato, entre eles ativistas e dirigentes do Sindsprev-RJ, que levou à manifestação uma faixa “contra a reforma da Previdência Social”. Hoje a rua está dando uma resposta, são mais de 100 mil aqui na av. Rio Branco, é muita gente. Este ato está dando um sinal de que realmente podemos construir a greve geral do dia 14”, disse Sebastião Souza, o Tão, servidor da saúde ao se referir à greve nacional de um dia convocada pelas centrais sindicais. “Isso é muita gente na rua, pra mostrar indignação, pra mostrar a esse presidente que aqui não tem idiota, aqui tem pessoas, estudantes, professores”, disse Sidney Castro, também da direção do sindicato.
A concentração para o ato — parte do 2° Dia Nacional em Defesa da Educação e Contra a Reforma da Previdência Social — começou à tarde na Candelária. Mas, antes mesmo de a passeata sair, por volta das 18h30, muita gente já aguardava a passeata chegar ao longo de quase todo o percurso de 1,2 quilômetro até a Cinelândia.
Ao longo da manifestação, foram muitos os chamados à greve geral convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho próximo. “Um, dois, três, quatro, cinco mil: ou param as reformas ou paramos o Brasil”, disseram os manifestantes. A greve geral tem como pauta central a defesa do direito à aposentadoria e a rejeição à reforma da Previdência.
Pelo país
Houve manifestações em pelo menos mais de uma centena de cidades do país. No Rio, também foram realizados atos e atividades em referência ao dia de luta, no interior. Os maiores atos foram em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte. A atividade aconteceu duas semanas após centenas de milhares de pessoas, em todo o país, terem realizado o 15M, o primeiro dia de protestos nacionais contra os cortes financeiros anunciados pelo governo para a pesquisa, a extensão, o ensino superior e a educação básica e em defesa da Previdência Social e do direito à aposentadoria.
Acompanhe, em www.sindsprevrj.org.br), a continuidade da cobertura das manifestações do 30M.

Sindsprev/RJ esteve presente à manifestação

Servidoras do Coletivo de Mulheres do Hospital de Bonsucesso também marcaram presença no ato unificado
Fotos: Niko